sexta-feira, 27 de agosto de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Relembrando Oliveira Castro: Depoimento do Acadêmico Cesar M.G. Lattes
«Conheci Castro em 1945 – bomba atômica – em simpósio organizado pela Fundação Getúlio Vargas. Foi um contato muito rápido.
No início de 1949, João Alberto Lins de Barros, Nelson Lins de Barros, José Leite Lopes, Leopoldo Nachbin, Hervásio Guimarães de Carvalho, Castro eu e mais uns vinte fundamos o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, entidade civil, sem fins lucrativos, sem patrimômio (exceto os cérebros) e sem dinheiro para a guarda, a geração e a transmissão de conhecimento científico em Física, Matemática e afins. Castro, com a colaboração de Antônio Aniceto Monteiro – matemático português, foi muito importante na fase de implantação e implementação do CBPF. Logo ficamos amigos íntimos, os Fialhos, eu e Martha – minha mulher – e os Castros Marina, Francisco e os filhos Sérgio e Yolanda.»
[Continuar a ler: Relembrando Oliveira Castro]
No início de 1949, João Alberto Lins de Barros, Nelson Lins de Barros, José Leite Lopes, Leopoldo Nachbin, Hervásio Guimarães de Carvalho, Castro eu e mais uns vinte fundamos o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, entidade civil, sem fins lucrativos, sem patrimômio (exceto os cérebros) e sem dinheiro para a guarda, a geração e a transmissão de conhecimento científico em Física, Matemática e afins. Castro, com a colaboração de Antônio Aniceto Monteiro – matemático português, foi muito importante na fase de implantação e implementação do CBPF. Logo ficamos amigos íntimos, os Fialhos, eu e Martha – minha mulher – e os Castros Marina, Francisco e os filhos Sérgio e Yolanda.»
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quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Centenário do nascimento de Hugo Ribeiro: Exposição na Biblioteca Nacional
«Matemático brilhante, desde jovem se destacou numa disciplina que teve, entre os anos vinte e quarenta do século XX, sob direcção de Aureliano de Mira Fernandes (1884-1958), uma plêiade de cientistas portugueses em que se destacaram, entre outros, Bento de Jesus Caraça (1901-1948), Ruy Luís Gomes (1905-1984), António Aniceto Monteiro (1907-1980), José Sebastião e Silva (1914-1972) e tantos outros cujos nomes honram a ciência, como Manuel Zaluar Nunes, José Morgado, José da Silva Paulo, Augusto Sá da Costa, Alfredo Pereira Gomes e outros. Além de estudiosos que não encontraram em Portugal condições para a prática científica, o posicionamento da maioria deles contra o Estado Novo obrigou a um verdadeiro exílio da inteligência em países estrangeiros.
Hugo Ribeiro frequentou o curso de Ciências Matemáticas da Faculdade de Ciências de Lisboa que concluiu em 1939, enquanto se dedicava a actividades de associativismo juvenil e a lições particulares. Durante esse tempo, participa na União Cultural «Mocidade Livre» que edita um jornal juvenil e promove conferências na Universidade Popular Portuguesa sob o patrocínio de Bento Caraça; neste tempo, participa também nas actividades do Socorro Vermelho Internacional, é preso e forçado a exilar-se na Espanha republicana.
Num (afinal breve) regresso ao país, não obstante ter participado em acções políticas, obtém uma bolsa do Instituto de Alta Cultura que o conduz à Escola Politécnica Federal de Zurique (Suíça) onde veio a doutorar-se em 1946. Antes, porém, participa na fundação da Portugaliae Mathematica (1937) e da Gazeta de Matemática (1940), sendo a sua colaboração sobretudo dirigida a partir do estrangeiro. Após nova e breve vinda para Portugal, a expulsão de brilhantes investigadores que o Estado salazarista infligiu às universidades e centros de investigação portugueses em 1947, Hugo Ribeiro é convidado e vai leccionar em Berkeley, na Universidade da Califórnia, e, sucessivamente, na University of Nebraska e na Pensylvania State University, University Park, pontualmente na Universidade Federal de Pernambuco (Recife). Regressou a Portugal somente depois de 25 de Abril de 1974 para ainda leccionar, juntamente com sua mulher, Pilar Ribeiro, na Universidade do Porto.
O espólio (5 caixas), integrado no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea ACPC, é constituído essencialmente por correspondência de personalidades nacionais, como o escritos José Rdrigues Miguéis e estrangeiras, incluindo um núcleo de cartas familiares e alguns rascunhos de cartas enviadas. Doação da viúva do cientista, Maria Pilar ribeiro, em Janeiro de 2005.»
[Texto da Biblioteca Nacional]
Notícia:
Exposição na Biblioteca Nacional evoca centenário do nascimento de Hugo Ribeiro
Num (afinal breve) regresso ao país, não obstante ter participado em acções políticas, obtém uma bolsa do Instituto de Alta Cultura que o conduz à Escola Politécnica Federal de Zurique (Suíça) onde veio a doutorar-se em 1946. Antes, porém, participa na fundação da Portugaliae Mathematica (1937) e da Gazeta de Matemática (1940), sendo a sua colaboração sobretudo dirigida a partir do estrangeiro. Após nova e breve vinda para Portugal, a expulsão de brilhantes investigadores que o Estado salazarista infligiu às universidades e centros de investigação portugueses em 1947, Hugo Ribeiro é convidado e vai leccionar em Berkeley, na Universidade da Califórnia, e, sucessivamente, na University of Nebraska e na Pensylvania State University, University Park, pontualmente na Universidade Federal de Pernambuco (Recife). Regressou a Portugal somente depois de 25 de Abril de 1974 para ainda leccionar, juntamente com sua mulher, Pilar Ribeiro, na Universidade do Porto.
O espólio (5 caixas), integrado no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea ACPC, é constituído essencialmente por correspondência de personalidades nacionais, como o escritos José Rdrigues Miguéis e estrangeiras, incluindo um núcleo de cartas familiares e alguns rascunhos de cartas enviadas. Doação da viúva do cientista, Maria Pilar ribeiro, em Janeiro de 2005.»
[Texto da Biblioteca Nacional]
Notícia:
Exposição na Biblioteca Nacional evoca centenário do nascimento de Hugo Ribeiro
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