segunda-feira, 5 de março de 2018

«Só me falta ler o último conto “Os Bonecreiros”. “Assobiando à vontade” é o melhor dos contos que li. (…) Desde Agosto que ando atarefado com a redacção duma Aritmética Racional (projectada há 7 anos!) e outros trabalhos.» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 8 de Dezembro de 1944

Agradecimentos a Eduarda Dionísio
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(Sidónio Muralha)

Depois daquela noite os teus seios incharam;
as tuas ancas alargaram-se;
e os teus parentes admiraram-se
e falaram, falaram...

Porque falaram duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural?
Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...

Mas tudo terminou porque falaram.
Tu fraquejaste e tudo terminou.
- Os teus seios desincharam;
só a tristeza ficou.

Ficou a tristeza duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural...

- Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...