quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Proposta do INIC, assinada por Miller Guerra (26 de Novembro de 1976)

© Família de António Aniceto Monteiro

PROPOSTA 

Considerando o alto mérito científico do Prof. Doutor António Aniceto Monteiro e o elevado interesse que terá para a cultura matemática e sua reintegração na actividade científica nacional conforme se comprova pelas exposições subscritas por matemáticos das Universidades de Lisboa, de Coimbra e do Porto, que se juntam; 
Considerando a actividade desenvolvida pela Prof. Doutor António Aniceto Monteiro no âmbito do então Instituto de Alta Cultura (bolseiro fora do País desde Julho de 1931 a Junho de 1936, bolseiro na País desde Julho de 1936 a Setembro de 1936, colaborador no serviço de Inventariação da Bibliografia Científica existente em Portugal desde Junho de 1937 a Dezembro de 1942 num total de cerca de 10 anos); 
O Instituto Nacional de Investigação Científica propõe, a título excepcional, a integração do referido Professor como investigador a tempo inteiro, no Centro de Matemática e Aplicações Fundamentais das Universidades de Lisboa, com uma remuneração correspondente à letra D, como ê norma para os investigadores dos Centros de Investigação dependentes do INIC.

Lisboa, 26 de Novembro de 1976

O PRESIDENTE,
J. P. Miller Guerra
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O Instituto Nacional de Investigação Científica (INIC) existiu entre 1976 e 1992, na dependência do Ministério da Educação e da Ciência. Resultou da extinção e repartição por dois serviços distintos das competências do Instituto de Alta Cultura: o INIC passou a deter competências ao nível da actividade de investigação científica (Decreto nº 538/76, de 9 de Julho de 1976); o Instituto de Cultura Portuguesa (hoje Instituto Camões) ficou com as competências inerentes ao ensino e à difusão da língua e da cultura portuguesa no estrangeiro (Decreto-Lei nº 541/76, de 9 de Julho de 1976).
Segundo o diploma de criação, o INIC tinha por missão contribuir para o fomento da investigação científica e para a formulação, coordenação e realização da política científica nacional, bem como colaborar na definição e execução dos planos de preparação do pessoal qualificado necessário ao desenvolvimento do país2. Neste âmbito, e pela leitura da legislação e da documentação produzida, sabemos que financiava projectos de investigação, bolsas individuais e unidades (ou centros) de investigação.
(...)
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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Registo de propriedade da PORTUGALIAE MATHEMATICA (10 e 13 de Outubro de 1942)


© Família de António Aniceto Monteiro
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No dia 2 de Outubro de 1978, foi tirada uma fotocópia autenticada deste documento, que pode ter servido para a transferência de propriedade da revista para a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM).
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Neste ano de 1942, Celestino da Costa foi demitido do cargo de presidente do Instituto para a Alta Cultura. A necessidade de efectuar este "registo de propriedade" pode estar relacionada com esse acontecimento. Veja:
1942: O ano das demissões de Celestino da Costa

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Declaração de 3 de Setembro de 1936

© Família de António Aniceto Monteiro
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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Certificado de registo criminal de 4 de Setembro de 1936


© Família de António Aniceto Monteiro

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Atestados médicos (de 1, 2 e 3 de Setembro de 1936)






© Família de António Aniceto Monteiro
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No início deste fatídico Setembro de 1936, António Aniceto Monteiro procurava concorrer a um lugar de actuário do Instituto Nacional do Trabalho; se obteve este lugar, ignoro. Uns dias depois, sairia o famigerado Decreto-lei n.º 27:003, de 14 de Setembro de 1936. Em virtude da imposição que este Decreto-lei determina, António Aniceto Monteiro perderia o seu lugar como assistente na FCUL, que ocupava, pago com uma bolsa do Instituto para a Alta Cultura.
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«Regressado ao País e mau grado o valor dos trabalhos que realizara no estrangeiro, não encontrou lugar no corpo docente de nenhuma das três Faculdades de Ciências do País. Passou então a viver com uma modestissima bolsa que o I. A. C. the concedeu; passados alguns meses, exigiram-Ihe, para poder continuar a ser bolseiro, a assinatura de um compromisso politico — que pessoa alguma Ihe havia imposto ao enviá-Io para o estrangeiro. Tendo-se recusado a assinar um compromisso que repugnava a sua consciência, deixou de ser bolseiro, e a sua vida e a dos seus decorreu, de aí em diante, em condições de dificuldade económlca que, por vezes, roçaram pela miséria.»

domingo, 18 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

Atestado de bom comportamento moral e civil (de 18 de Julho de 1930)


© Família de António Aniceto Monteiro
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Este documento relaciona-se com o precedente, muito provavelmente. Como António Aniceto Monteiro ia concorrer a docente liceal precisava deste atestado. Ver:

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Declaração de António Aniceto Monteiro para concorrer a docente liceal (18 de Julho de 1930)


© Família de António Aniceto Monteiro
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Nota: No dia anterior, 17 de Julho de 1930, António Aniceto Monteiro tinha obtido a licenciatura em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
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Veja aqui o:
«Art. 5.° São absolutamente incompatíveis os lugares que tenham de ser desempenhados dentro das horas regulamentares dos serviços públicos.»
(Nota: Como se vê, o decreto é de 1 de Junho e não de 1 de Julho. É curioso que apareça "D.R." quando, naquele tempo, se chamava "Diário do Govêrno" e não "Diário da República"; anacronismo?)
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Ver ainda, neste blogue:

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pedido de certidão de matrícula (10 de Outubro de 1925)


© Família de António Aniceto Monteiro

Atestado médico de Lídia Monteiro (9 de Junho de 1928)

© Família de António Aniceto Monteiro

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Certidão de casamento, datada de 28 de Fevereiro de 1979 (Lisboa) e apresentada na Argentina, em 8 de Novembro de 1980




© Família de António Aniceto Monteiro
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8 de Novembro de 1980: António Aniceto Monteiro falecera menos de duas semanas antes.

Boletim de casamento apresentado no Rio de Janeiro


© Família de António Aniceto Monteiro

Esta fotocópia do boletim de casamento deve ser da mesma data de:
A certidão de nascimento que António Aniceto Monteiro apresentou no Rio de Janeiro no dia 24 de Março de 1945

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Extracto de Certidão de Baptismo (de António Aniceto Monteiro)

© Família de António Aniceto Monteiro
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António Aniceto Monteiro baptizou-se em 19 de Julho de 1929. Casar-se-ia dez dias depois.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Pedido de certidão de óbito do tenente Monteiro e respectiva resposta (21 de Agosto de 1916)


© Família de António Aniceto Monteiro
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«O principal documento que relata os últimos dias de vida do tenente Monteiro é de um tenente coronel de infantaria, João Ortigão Peres(21), ex-chefe do estado maior do corpo expedicionário no sul de Angola, e diz o seguinte:
A ser verdade que, quando partiu, o tenente Monteiro já se encontrava doente e sendo conhecidas as dificuldades que uma tal missão, de vários dias, comportava, só é de admirar que ainda tivesse regressado com vida.
Apesar de algumas imprecisões devidas ao esfumar da memória que a passagem do tempo induz, como a referência a Alves Roçadas que, como sabemos, nessa altura, já não estava em Angola, este relato tem o mérito de informar que, na noite da morte do tenente Monteiro, uma alta patente, provavelmente o próprio Pereira de Eça, esteve em sua casa(*). O episódio mostra até que ponto o estado maior, sediado em Mossâmedes, estava ávido de informações sensíveis da parte de um homem que, por ter trabalhado precisamente nessa zona como topógrafo militar durante vários anos na construção do caminho de ferro, conhecia o terreno como ninguém.» 


(*) Não deve ter sido sequer Pereira de Eça, porque este se encontrava em campanha bem para o interior da região de Mossâmedes nessa data, como se pode constatar ao ler Campanha do sul de Angola em 1915: relatório do General Pereira de Eça. Lisboa: Imprensa Nacional, 1921. Pode ter sido João Ortigão Peres, chefe do estado maior do corpo expedicionário no sul de Angola que estava, provavelmente, em Mossâmedes devido à natureza do cargo que ocupava. Aliás, é ele que relata com maior fidelidade o que se passou.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Certidão de óbito do tenente Monteiro, datada de 5 de Janeiro de 1916


© Família de António Aniceto Monteiro
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Esta certidão, levada pela família Monteiro para a América do Sul, tem a mesma data e é uma cópia manuscrita, também pelo padre Basílio, daquela que fomos encontrar em Lisboa, no Colégio Militar: Certidão de óbito do pai de António Aniceto Monteiro (autor: padre António Moreira Basílio). Era assim naquele tempo, quase tudo era manuscrito e copiado tantas vezes quantas as necessárias.