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Carlos de
Oliveira – Fernando Lopes Graça
Terra Pátria
serás nossa,
mais este
sol que te cobre,
serás nossa,
mãe pobre de
gente pobre.
O vento da
nossa fúria
queime as searas
roubadas,
e na noite
dos ladrões
haja frio,
morte e espadas.
Terra Pátria
serás nossa
mais os
vinhedos e os milhos,
serás nossa,
mãe que não
esquece os filhos.
Com morte,
espadas e frio,
se a vida te
não remir,
faremos da
nossa carne
as searas do
porvir.
Terra Pátria
serás nossa,
livre e
descoberta enfim,
serás nossa,
ou este
sangue o teu fim.
E se a
loucura da sorte
assim nos
quiser perder,
abre os teus
braços de morte
e deixa-nos
aquecer.