domingo, 25 de março de 2018
«O Gibert trabalha com energia… (…) O Sá da Costa julgo que veio para a Suíça estudar Economia Matemática… (...) O Gibert e eu vamos de 15 em 15 dias às “Discussões de filosofia científica” que o Gonseth dirige...» – excerto de carta de Hugo Ribeiro para António Aniceto Monteiro, de 13 de Dezembro de 1944
sexta-feira, 16 de março de 2018
quarta-feira, 14 de março de 2018
«XXX (encontro com António Aniceto Monteiro)» – poema de Mário Dionísio
XXX
(encontro com António Aniceto Monteiro)
Trinta anos depois
de longo exílio e antes de outro
possívelviajamos os dois
pelo futuro do passado
sobre um fundo de esperança todo baço
Há trinta anos ou ontem?
A mesma infância no olhar faz que não
contem nem a dor nem o frio nem o cansaço
A morte ronda mas que espere Reanimada
a velhíssima atracção do impossível canta em surdina neste voo desamparado
É luta ainda este alvoroço e este
abraço?
Camarada Camarada
Mário
Dionísio, Terceira Idade, 1982
-
Proveniência : Casa
da Achada - Centro Mário Dionísio
Agradecimentos a Eduarda Dionísio
«O António Aniceto Monteiro e a Lídia em nossa casa!» – diário de Mário Dionísio, de 19 de Maio de 1977
19.5.77.
O António
Aniceto Monteiro e a Lídia em nossa casa! Das quatro da tarde quase até às nove
da noite. Não nos víamos (todos, porque a Lídia estivera aqui há algum tempo),
já lá vão 32 anos! 0 Monteiro não tem, naturalmente, a vivacidade de outrora.
Conta hoje 70 anos. Mas é como se nos não víssemos há semanas. O mesmo
espírito, a mesma amizade. O tempo não chega para lhes contarmos tudo (tudo...)
o que se tem passado e está passando por cá, para ouvirmos o que se passou e
está passando por lá, na Argentina. Um fascismo que atinge os limites da
selvajaria à luz do dia, como nunca, apesar de tudo, aqui conhecemos. Ele
tornou-se aquilo que sempre esperámos: um matemático de projecção
internacional. Foi mais um que o Estado Novo deitou fora. Eu continuo, como há
30 e tal anos, um homem que faz projectos, trabalha sempre, e não chega a
realizar um décimo do que projecta. Mas que tarde realmente feliz, recordando e
atiçando o belo fogo duma velha amizade que não morre e é, feitas as contas, o
melhor que há na vida!
-
Proveniência : Casa da Achada -
Centro Mário Dionísio
Agradecimentos a Eduarda Dionísio
terça-feira, 13 de março de 2018
segunda-feira, 12 de março de 2018
«Aqui lhe envio os meus melhores agradecimentos pelo envio e oferta do seu livro “A paleta e o mundo”, que anda viajando entre Córdoba e Bahía. (…) Eu continuo trabalhando intensamente. Há 18 anos que deixei o rio Tejo! Até quando? Meses, anos? Esperemos que seja em breve, como diz na sua carta. As condições objectivas mais favoráveis do que nunca; mas falta o resto. Com os meus 30 anos de trabalho universitário, já começo a sentir-me cansado.(…) O que mais sinto neste exílio é a falta dos amigos que, como você diz, são ainda o melhor que a vida nos dá.» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 3 de Outubro de 1963
sábado, 10 de março de 2018
«… há um ano que trabalho desesperadamente dia e noite, tratando de terminar os trabalhos de investigação que tenho entre mãos… (…) Aqui nos meios intelectuais domina uma ideologia pequeno-burguesa atrasada. (…) Ainda tenho algumas esperanças de nos tornarmos a ver, se o rumo que as coisas estão tomando têm o seu desenlace natural, dentro de curto prazo, como se pode esperar. Também esperava que tudo isso terminasse pouco depois de 1945 e já passaram 17 anos que deixei o rio Tejo, com uma neblina nos olhos que não se desvaneceu. Ando por terras distantes e as lembranças não se apagam. A certeza da vitória, definitiva, total, é a maior alegria; que importa se não a vejo, para prazer pessoal?» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 23 de Dezembro de 1962
sexta-feira, 9 de março de 2018
«Estou em vésperas do embarque. Devia partir num barco espanhol mas à última hora consegui transferir a minha passagem para o “Serpa Pinto” que chega ao Rio em 15 dias. (…) Escrevi ao Carlos Henriques… (…) É meio-dia e meia hora de 2ª feira; eu embarco depois de amanhã às 3 da tarde.» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 26 de Fevereiro de 1945
quinta-feira, 8 de março de 2018
quarta-feira, 7 de março de 2018
«Recebi carta do Caraça… (…) Tenciono ir por estes dias ao Porto e tratar da questão da Biblioteca. Também não recebi o orçamento para o Novo Cancioneiro… (…) Gostei muito do seu artigo publicado no Primeiro de Janeiro sobre o neo-realismo. (…) Recebemos agora um pedido de 100 (!) colecções completas dos Cadernos de Análise Geral… (…) Vou lançar uns Cadernos Ibero-Americanos de Matemática.» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 10 de Janeiro de 1945
segunda-feira, 5 de março de 2018
«Só me falta ler o último conto “Os Bonecreiros”. “Assobiando à vontade” é o melhor dos contos que li. (…) Desde Agosto que ando atarefado com a redacção duma Aritmética Racional (projectada há 7 anos!) e outros trabalhos.» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 8 de Dezembro de 1944
Proveniência :
Casa da Achada - Centro Mário Dionísio
Agradecimentos
a Eduarda Dionísio
-
(Sidónio Muralha)
Depois daquela noite os teus seios incharam;
as tuas ancas alargaram-se;
e os teus parentes admiraram-se
e falaram, falaram...
Porque falaram duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural?
Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...
Mas tudo terminou porque falaram.
Tu fraquejaste e tudo terminou.
- Os teus seios desincharam;
só a tristeza ficou.
Ficou a tristeza duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural...
- Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...
-
(Sidónio Muralha)
Depois daquela noite os teus seios incharam;
as tuas ancas alargaram-se;
e os teus parentes admiraram-se
e falaram, falaram...
Porque falaram duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural?
Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...
Mas tudo terminou porque falaram.
Tu fraquejaste e tudo terminou.
- Os teus seios desincharam;
só a tristeza ficou.
Ficou a tristeza duma coisa tão bela,
tão simples, tão natural...
- Tu não parias uma estrela,
nem uma noite de vendaval...
domingo, 4 de março de 2018
sexta-feira, 2 de março de 2018
As relações entre António Aniceto Ribeiro Monteiro e a Junta de Educação Nacional ou um bolseiro português na cidade de Paris (do Outono de 1931 à Primavera de 1936) [Augusto J. S. Fitas]
Digitalização de Jose Marcilese
© Família de António Aniceto Monteiro
-
Boletim da SPM — Colóquio António Aniceto Monteiro, pp. 89–127 (2008).
-
The relationship between António Aniceto Ribeiro Monteiro and the Junta de Educação Nacional (JEN), a portuguese grant student in the city of Paris (from autumn 1931 to spring 1936)
-
The relationship between António Aniceto Ribeiro Monteiro and the Junta de Educação Nacional (JEN), a portuguese grant student in the city of Paris (from autumn 1931 to spring 1936)
Clicar em:
Subscrever:
Mensagens (Atom)