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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Manuel Valadares (26 de Fevereiro de 1904 — 31 de Outubro de 1982)

Digitalização de Jose Marcilese
© Família de António Aniceto Monteiro
«Em Junho de 1947, o Conselho de Ministros determinou a expulsão de muitos professores das Universidades de Lisboa, Porto e Coimbra. Estes viram-se obrigados a procurar trabalho, nomeadamente, no estrangeiro. Entre eles, MANUEL VALADARES, professor de Física na Faculdade de Ciências de Lisboa, investigador científico em Física Atómica e Radioactividade.Da sua vida em França, onde conviveu com figuras do maior prestígio como Madame Curie, Picasso e tantos outros, fosse no âmbito científico fosse no âmbito socio-político, e de como a política portuguesa seguia os seus passos, se revelam as palavras e as imagens neste documentário realizado por A. Marques Pinto, em 2002.»

domingo, 18 de novembro de 2012

sábado, 27 de outubro de 2012

«Sus primeros trabajos» (texto de Roberto Cignoli)


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En junio de 1936 [Monteiro] recibe el título de Doctor en Ciencias Matemáticas, otorgado por la Facultad de Ciencias de la Universidad de París, por la tesis «Sur l’additivité des noyaux de Fredholm» [M3], que realizara bajo la dirección de Maurice Fréchet.
Sus primeros trabajos publicados [M1] y [M2], que datan de 1934, son notas en los «Comptes Rendus» de la Academia de Ciencias de París donde anuncia algunos de los resultados obtenidos durante la realización de su tesis.
Durante sus años en París, Monteiro estuvo en contacto con algunos de los líderes de la escuela francesa clásica de análisis, como E. Borel, H. Lebesgue, J. Hadamard. Pero al mismo tiempo fue testigo del progreso de las nuevas tendencias en el estudio de estructuras algebraicas y topológicas abstractas. Su director de tesis, Fréchet, había hecho grandes contribuciones a la teoría de los espacios abstractos (en 1906 introduce y desarrolla la noción de espacio métrico, y fue uno de los primeros en considerar medidas abstractas). Las ecuaciones integrales, tema de la tesis doctoral, son la principal motivación para la introducción de los operadores lineales compactos en espacios de Banach, cuya teoría había comenzado a desarrollarse. Contaba Monteiro que se reunía con sus compañeros (entre los que mencionaba a Jean Dieudonné) para estudiar el libro de van der Waerden sobre álgebra moderna, que acababa de publicarse.

[M1] Sur les noyaux additifs dans la théorie des équations intégrales de Fredholm, Comptes Rendus de l’Académie des Sciences de París, 198 (1er. Sem. 1934), 1737.
[M2] Sur une classe de noyaux de Fredholm développables en série de noyaux principaux, Comptes Rendus de l’Académie des Sciences de Paris, Tomo 200, (1er. Sem. 1935), 2143.
[M3] Sur l'additivité des noyaux de Fredholm, Tesis de Doctorado en la Sorbona. Portugaliae Mathematica, 1, Fasc. 1 (1937), 1-174.


[Excerto de] Roberto Cignoli: La Obra Matemática de António Monteiro. In Encontro Luso-Brasileiro de Historia da Matemática, ed. Sergio Nobre, ACTAS, pág. 139-148 (1997).

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

«Revelou as suas tendências para a investigação, quando ainda aluno da Faculdade de Ciências» (Um texto de Manuel Zaluar Nunes, de 1939)

António Monteiro, um dos novos de maior valor, revelou as suas tendências para a investigação, quando ainda aluno da Faculdade de Ciências com trabalhos que mereceram a atenção de alguns dos seus professores e o serem publicados nos Arquivos da Universidade de Lisboa. Terminado o curso logo procurou continuar os seus estudos o que lhe foi facilitado pela concessão de uma bolsa da Junta de Educação Nacional, havia pouco criada. Em Paris, para onde partiu, encontrou meio e condições de trabalho e conseguiu aquele incitamento e indicações necessários ao prosseguimento das suas investigações. Estas orientaram-se principalmente sobre a determinação das propriedades da equação integral de Fredholm, tendo introduzido a noção de aditividade de dois núcleos de Fredholm. Alcançou também resultados interessantes ao abordar certos problemas ligados à teoria das matrizes. As conclusões obtidas, resumidamente publicadas nos C. R. da Academia das Ciências de Paris, foram desenvolvidas e largamente ampliadas na tese que a convite do professor Maurice Fréchet, que muito o aprecia, apresentou em 1936 à Universidade de Paris onde obteve o grau de doutor.
 
Execerto de [Manuel Zaluar Nunes: Dr. António Ribeiro Monteiro. O Diabo, 1 de Julho de 1939]
 
Neste blogue:
No blogue RUY LUÍS GOMES:

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

«Foi tirada em casa, pelo António, com a nossa máquina»


Agradecimentos ao Eng. Edgar Ataíde por estas e outras imagens
Digitalização de Jorge Rezende
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Postal de Lídia Monteiro para a irmã de António A. Monteiro, Maria de Lourdes Coutinho (Dezembro de 1935 (?))
A fotografia deste postal é a primeira em

Sur les berges de la Seine, Paris, années 1930

Photo: António Aniceto Monteiro
© Família de António Aniceto Monteiro

terça-feira, 19 de abril de 2011

No dia do centenário da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: Recordar António Aniceto Monteiro

Agradecimentos a Edgar Ataíde
Digitalização de Jorge Rezende


Cartazes provenientes do espólio de António Aniceto Monteiro

CRONOLOGIA DE ANTÓNIO ANICETO MONTEIRO
(1925-1945)
(Desde o seu ingresso na FCUL até à sua partida para o Brasil)

(...)
1925-1930
Estuda na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, de 20 de Outubro de 1925 a 17 de Julho de 1930, onde encontra a sua vocação e o seu primeiro Mestre – Pedro José da Cunha.
1929
Casa-se em 29 de Julho com Lídia Marina de Faria Torres. Do casamento nascerão dois filhos – António e Luiz.
1930
Em 17 de Julho licencia-se em Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
1931-1936
António Monteiro é bolseiro em Paris do Instituto para a Alta Cultura (IAC) desde Novembro de 1931 até Julho de 1936. Durante este período estuda no Instituto Henri Poincaré, realizando trabalhos científicos sob a direcção de Maurice Fréchet.
1934
A 8 de Fevereiro nasce António, filho de Lídia Marina e António Aniceto.
1936
Conclui o Doutoramento de Estado na Faculdade de Ciências da Universidade de Paris, em Ciências Matemáticas, com a menção Très Honorable, orientado por Maurice Fréchet, com uma tese intitulada Sur l’additivité des noyaux de Fredholm.
É fundado o Núcleo de Matemática, Física e Química, em Lisboa, cujas actividades se iniciam a 16 de Novembro, e cujos principais impulsionadores (os mais activos) são António da Silveira, Manuel Valadares e António Aniceto Monteiro.
A 5 de Outubro nasce Luiz, filho de Lídia Marina e António Aniceto.
1937
É fundada a revista Portugaliae Mathematica. A revista é “editada por António Monteiro, com a cooperação de Hugo Ribeiro, J. Paulo, M. Zaluar Nunes”.
Neste ano encontram-se, provavelmente pela primeira vez, nas actividades do Núcleo de Matemática, Física e Química, os matemáticos António Monteiro, Bento Caraça e Ruy Luís Gomes, os três principais impulsionadores do Movimento Matemático.
1938
Recebe o Prémio Artur Malheiros da Academia de Ciências de Lisboa (Matemática) conferido pelo Ensaio sobre os fundamentos da análise geral.
1939
Começa a funcionar o Seminário de Análise Geral, em Lisboa, impulsionado por António Aniceto Monteiro, primeiro na Faculdade de Ciências e depois no Centro de Estudos Matemáticos de Lisboa do IAC, no qual com a realização de cursos e seminários começa a iniciar um grupo de jovens no estudo da matemática moderna. Entre os seus discípulos deste período podem destacar-se José Sebastião e Silva e Hugo Baptista Ribeiro.
Em 6 de Novembro “desintegra-se” o Núcleo de Matemática, Física e Química.
1940
Em 1939 é fundada por Bento de Jesus Caraça, António Monteiro, Hugo Ribeiro, José da Silva Paulo e Manuel Zaluar, a Gazeta de Matemática, cujo primeiro número sai em Janeiro de 1940.
Em Fevereiro é formado o Centro de Estudos Matemáticos de Lisboa de que o impulsionador é António Monteiro que aí continua a dirigir trabalhos de investigação.
É fundada a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), em 12 de Dezembro de 1940. António Aniceto Monteiro é um dos seus principais impulsionadores e escolhido para seu Secretário Geral, por unanimidade. Pedro José da Cunha é eleito Presidente.
1943
4 de Outubro: é fundada a Junta de Investigação Matemática (JIM) por Ruy Luís Gomes, Mira Fernandes e António Monteiro. Os fundos para a JIM são angariados numa campanha promovida por António Luiz Gomes, irmão de Ruy Luís Gomes.
Dezembro: António Aniceto Monteiro vai para o Porto, a convite da JIM, com a família, onde fica cerca de um ano. Diz António Aniceto Monteiro no seu curriculum: “durante o período de 1938-43 todas as minhas funções docentes e de investigação, foram desempenhadas sem remuneração; ganhei a vida dando lições particulares e trabalhando num Serviço de Inventariação de Bibliografia Científica existente em Portugal, organizado pelo IAC”.
No Centro de Estudos Matemáticos do Porto, Monteiro dirige o Seminário de Topologia Geral. A JIM inicia a publicação dos Cadernos de Análise Geral nos quais se publicam os cursos e seminários ministrados na Faculdade de Ciências de Porto, sobre Álgebra Moderna, Topologia Geral, Teoria da Medida e Integração, etc., temas com pouca difusão nessa época nas Universidades Portuguesas.
1944-1945
Palestras da JIM lidas ao microfone da Rádio Club Lusitânia, corajosamente cedido pelo proprietário. São oradores: Ruy Luís Gomes, António Monteiro, Corino de Andrade, Branquinho de Oliveira, Fernando Pinto Loureiro, José Antunes Serra, António Júdice, Armando de Castro, Carlos Teixeira e Flávio Martins.
1945
António Aniceto Monteiro vê-se obrigado a sair de Portugal, porque lhe vedaram a entrada na carreira académica, por razões políticas. Com recomendação de Albert Einstein, J. von Neumann e Guido Beck obtém uma cátedra de Análise Superior no Rio de Janeiro, na Faculdade Nacional de Filosofia (o convite tinha sido feito em Setembro de 1943). Em 28 de Fevereiro, António Aniceto Monteiro embarca para o Rio de Janeiro onde chega com um contrato por quatro anos o qual não será renovado por influência da Embaixada de Portugal.
(...)
[Excerto da CRONOLOGIA]
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António Aniceto Monteiro foi ainda Assistente Extraordinário da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa: 1934-1935: Actividade de António Aniceto Monteiro em Paris

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Manuel Valadares e António Aniceto Monteiro em Paris

Digitalização de Jose Marcilese
© Família de António Aniceto Monteiro
Manuel Valadares trabalhou de 1930 a 1933 no Laboratório Pierre et Marie Curie em Paris, sob a direcção de Marie Curie. Durante este período publicou vários trabalhos no domínio da radioactividade, incluindo a sua tese de doutoramento, intitulada “Contribution à la spectrographie par diffraction cristalline du rayonnement gamma”, orientada por Marie Curie e que mereceu a menção “très honorable”. Já após o seu falecimento a referida tese foi exposta no museu anexo ao Institut du Radium, onde se recorda toda a actividade científica do Instituto. Foi ainda exposta a segunda tese, intitulada “Transmutations des éléments par des particules accélerées artificiellement” que seria publicada sob a forma de livro em 1935 pela Hermann et Cie, Paris (*).
Já de regresso a Portugal, foi um dos fundadores, em 1936, do Núcleo de Matemática, Física e Química.
*
(*) Lídia Salgueiro, Luísa Carvalho: Manuel Valadares – Facetas de uma personalidade: humana, científica e artística. In Memórias de Professores Cientistas. Os 90 anos da FCUL, 1911-2001. Lisboa: FCUL, 2001. Coordenação editorial: Ana Simões.

Num avião de um parque de diversões em Paris...

Reprodução por meios fotográficos de Elza Amaral
© Família de António Aniceto Monteiro
Avião de um parque de diversões em Paris: A. Monteiro, Zaluar Nunes e o arquitecto Faria da Costa. João Guilherme Faria da Costa (16 de Abril de 1906 - 19 de Janeiro de 1971) foi o primeiro arquitecto urbanista português.

Caricatura em Paris (autor desconhecido)

Reprodução por meios fotográficos de Elza Amaral
© Família de António Aniceto Monteiro

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Tese de António Aniceto Monteiro, Paris, 1936

Digitalização de Jorge Rezende
Capa da tese de António Aniceto Monteiro “Sur l’additivité des noyaux de Fredholm”, orientada por Maurice Fréchet. Teve três edições: além da que se mostra na imagem, há a do primeiro número da Portugaliae Mathematica (1937) e a do Volume XXI, nº 1, dos Anais da Faculdade de Ciências do Porto (1936).

Maurice Fréchet

No início de 1942, em Lisboa.
Digitalização de Jose Marcilese
© Família de António Aniceto Monteiro

domingo, 13 de maio de 2007

Actividade de António Aniceto Monteiro em Paris: relatórios de Arnaud Denjoy e Maurice Fréchet


Notas retiradas do Relatório dos trabalhos efectuados em 1936, Coimbra: Instituto para a Alta Cultura, 1940, sobre a actividade de António Aniceto Monteiro.

1936
Duração do estágio desde 1 de Novembro de 1931 até 1936, 56 meses.

Cursos que frequentou
Faculdade de Ciências de Paris: Mecânica Analítica e Mecânica Celeste, cont. Do curso do ano anterior, “Teoria dos operadores lineares no espaço de Hilbert” (Gaston Julia)
Curso livre de Maurice Fréchet : « Les bases de l’Analyse Générale ».

Centro de estudos em que trabalhou :
Instituto Poincaré, onde continuou os trabalhos de investigação sob a direcção de Maurice Fréchet. Em particular procedeu à redacção da sua tese de doutoramento na Fac. Ciências de Paris, em que expõe os resultados mais importantes obtidos durante o estágio.
Frequentou o seminário de Matemática de Gaston Júlia sobre Topologia.

Trabalhos científicos publicados:
« Sur l’additivité des noyaux de Fredholm » , tese de doutoramento apresentado à Fac. De Ciências de Paris defendida em 2 de Julho de 1936.

Parecer do presidente do Júri, prof. Da Sorbonne, Arnaud Denjoy ao presidente do IAC:
M. António Monteiro, a presenté devant la Faculté des Sciences de Paris une thèse, fruit d’un effort assidu et orienté par ce jeune chercheur avec beaucoup d’inteligence. Ce travail a paru très remarquable au jury chargé de l’apprécier et de juger la soutenance publique de cette thèse. M. Monteiro a été declaré docteur ès science mathématiques avec la mention très honorable. Mes collègues et moi conservons la meilleure impression de ce jeune mathématicien qui, s’il persiste dans la voie où il a si brillament débuté, ne manquera pas de faire honneur à la science portugaise. C’est à notre tour de remercier l’Institut pour la haute Culture d’avoir envoyé à la Faculté des Sciences de Paris pour y coronner ses études par une oeuvre originale, un si remarquable sujet.
Carta de Maurice Fréchet, professor da Sorbonne ao IAC
Il est pénible d’avoir à guider un candidat au doctorat qui ne réussit pas dans ses recherches. Un professeur se trouve, au contraire bien récompensé de la peine qu’il a prise quand il a à conseiller un candidat qui manifest comme M. Monteiro une grande ardeur et des aptitudes marquées à la recherche. Les trois professeurs du jury de M. Monteiro, dont j’avais l’honneur d’être le rapporteur ne se sont pas contentés de lui décerner le diplôme de Docteur ès Sciences Mathématiques ils ont encore rehaussé la valeur de la mention « très honorable ». Je précise ce point, parce que comme de coutume, cette mention ne figure pas sur le diplôme, mais reste dans les archives de la Faculté après avoir été proclamée à la fin de la soutenance.

Maurice Fréchet (1878-1973)
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terça-feira, 8 de maio de 2007

Os filhos de António Aniceto Monteiro

António em Paris, fotografado, em casa, pelo pai

Luiz, em 1949, no Rio de Janeiro

Agradecimentos ao Eng. Edgar Ataíde por estas e outras fotografias
Digitalizações de Jorge Rezende
© Família de António Aniceto Monteiro

segunda-feira, 30 de abril de 2007