sábado, 10 de março de 2018

«… há um ano que trabalho desesperadamente dia e noite, tratando de terminar os trabalhos de investigação que tenho entre mãos… (…) Aqui nos meios intelectuais domina uma ideologia pequeno-burguesa atrasada. (…) Ainda tenho algumas esperanças de nos tornarmos a ver, se o rumo que as coisas estão tomando têm o seu desenlace natural, dentro de curto prazo, como se pode esperar. Também esperava que tudo isso terminasse pouco depois de 1945 e já passaram 17 anos que deixei o rio Tejo, com uma neblina nos olhos que não se desvaneceu. Ando por terras distantes e as lembranças não se apagam. A certeza da vitória, definitiva, total, é a maior alegria; que importa se não a vejo, para prazer pessoal?» – carta de António Aniceto Monteiro para Mário Dionísio, de 23 de Dezembro de 1962

Agradecimentos a Eduarda Dionísio