(...)
Para o sul do Bero e oeste do Cubai existiam os corocas, que os diversos cronistas classificam diferentemente. Assim: Lopes de Lima (...) diz que a aldeia estabelecida no rio Bembarougue é de mucubais; Pedro Alexandrino da Cunha no seu relatório diz parecer-lhe que «são colónias de mondombes, dos quais têm a língua e costumes...», e Brochado (...) diz que «a origem da raça Croque foi primitivamente de mondombes que se aliaram com os muximbas, e conquanto ainda conservem alguns indícios da sua origem, tem uma linguagem bastante estranha pela abundância de sons guturais e nasais, sendo desconhecida, por isso que se ignora a dos muximbas», o que mais tarde confirma (...) depois de conversar com a tal preta dos 130 anos.
Nenhuma destas informações condiz com aquela que presta o reverendo Hahn na carta que está apensa ao relatório do secretário do Governo de Mossâmedes, Sebastião Nunes da Mata confirmada pelo reverendo Bonnefoux e mais recentemente pelas informações obtidas pelo falecido tenente Monteiro, em serviço no pôsto de vigilância no Coroca.
(...)
Alfredo de Albuquerque Felner, Angola: apontamentos sôbre a colonização dos planaltos e litoral do Sul de Angola, extraídos de documentos históricos. Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1940 (313 páginas). O fragmento aqui reproduzido é da página 126.
Para o sul do Bero e oeste do Cubai existiam os corocas, que os diversos cronistas classificam diferentemente. Assim: Lopes de Lima (...) diz que a aldeia estabelecida no rio Bembarougue é de mucubais; Pedro Alexandrino da Cunha no seu relatório diz parecer-lhe que «são colónias de mondombes, dos quais têm a língua e costumes...», e Brochado (...) diz que «a origem da raça Croque foi primitivamente de mondombes que se aliaram com os muximbas, e conquanto ainda conservem alguns indícios da sua origem, tem uma linguagem bastante estranha pela abundância de sons guturais e nasais, sendo desconhecida, por isso que se ignora a dos muximbas», o que mais tarde confirma (...) depois de conversar com a tal preta dos 130 anos.
Nenhuma destas informações condiz com aquela que presta o reverendo Hahn na carta que está apensa ao relatório do secretário do Governo de Mossâmedes, Sebastião Nunes da Mata confirmada pelo reverendo Bonnefoux e mais recentemente pelas informações obtidas pelo falecido tenente Monteiro, em serviço no pôsto de vigilância no Coroca.
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Alfredo de Albuquerque Felner, Angola: apontamentos sôbre a colonização dos planaltos e litoral do Sul de Angola, extraídos de documentos históricos. Lisboa, Agência Geral das Colónias, 1940 (313 páginas). O fragmento aqui reproduzido é da página 126.